Antes da Internação

Um fato fundamental que contribui para a gravidade da infecção é o estado imunológico e o estado inflamatório. Estes dois muito sensíveis ao estresse diário. A elevação da liberação adrenérgica como um todo pode propiciar o agravamento do estado inflamatório e elevações da Glicose que criarão um ciclo vicioso que resulta em maior poder de penetrancia do vírus nas celular pulmonares (Spikes), redução do estado imunológico, e liberação de citocinas inflamatórias que podem facilitar a chamada "tempestade inflamatória",  muito comum nos casos graves de Covid-19. A metanálise publicada pela Sociedade Brasileira de Diabetes ( https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7456786/ ) demonstra risco de 2.5 vezes mais elevada de mortalidade em relação ao grupo controle. Ainda o diabético mantém níveis inflamatório elevados que cursam com a severidade da infecção (Iacobellis G. COVID-19 and diabetes: Can DPP4 inhibition play a role? Diabetes Res Clin Pract. 2020;162:108125). 

Também há evidencias, assim como outros vírus, de infecção no tecido pancreático com destruição das células B, produtoras de insulina (aeckel E., Manns M., von Herrath M. Viruses and diabetes. Ann N Y Acad Sci. 2002;958:7–25), assim pode haver necessidade do controle terapêutico com insulina injetável em um paciente previamente diabético que controlava sua Glicose com dieta apropriada e medicações por via oral. 

No meu caso a gravidade da infecção deveu-se ao estado de estresse prévio pelo qual me encontrava. A ansiedade interferiu em dois mecanismos agravantes : A liberação adrenérgica (Vasoconstricção, elevação da Pressão Arterial, redução da imunidade, Neoglicogênese), e a elevação da Glicemia (Liberação de Citocinas Inflamatórias e redução da imunidade). Com isso o vírus encontrou um ambiente propício para infectar e se multiplicar. 

 

Portanto é fundamental o controle efetivo dos fatores de risco, como Glicose e Pressão Arterial e manter um estilo de vida que possa permitir uma contra-medida contra o estresse diário.